BOI MARINHO

BRINCADEIRA DE RUA

Posso dizer que o terreno onde o Boi Marinho nasceu começou a ser preparado em 1998, quando ministrei minha primeira oficina de Cavalo Marinho no Encontro com a Música e Dança Brasileira em São Paulo.

Eu já brincava boi no carnaval de Olinda, pois também sou um dos fundadores do Boi da Gurita Seca, que surgiu em 1992. E desde então, já sonhava com um boi de carnaval que brincasse com os elementos do Cavalo Marinho.

Depois dessa primeira oficina, vi surgir em São Paulo um grande interesse pela brincadeira. Continuei com as oficinas e comecei a realizar encontros regulares para o aprendizado do Cavalo Marinho. Esses encontros fez reunir um grupo e surgir a realidade para criação do boi de carnaval que imaginava.

E no carnaval de 2000, foi criado o Boi Marinho. Depois de algumas saídas em São Paulo, fomos todos brincar no carnaval de Recife e Olinda. Isso se repetiu em 2001. Em 2002 voltei a morar no Recife e de forma não planejada, o Boi Marinho foi existindo como um grupo aberto. Todos os anos pessoas de Recife, Olinda, de várias outras cidades do Brasil e de fora do país, integravam o Boi com o desejo de participar do Carnaval. Foi desta forma que o Boi brincou todos os anos.

A partir de 2008, comecei a organizar um núcleo central pra deixar mais garantido as saídas do Boi. Embora o Boi Marinho continue como um grupo aberto, hoje temos um núcleo que se encontra uma vez por semana durante alguns meses do ano. Mais perto do Carnaval convocamos todos que queiram, sem nenhum pré-requisito, a participarem dos ensaios e da festa carnavalesca com a gente.

Nossas saídas são sempre na sexta no Recife e quarta-feira de cinzas em Olinda. A partir de 2009 incluímos no nosso roteiro uma saída muito especial no sábado pra cidade de Condado, interior de Pernambuco. Lá se juntam a nós integrantes de Cavalo Marinho pra passear na cidade e visitar amigos e pessoas que gostam ou que brincam no Cavalo Marinho.

A partir dos convites que começaram a surgir, formei também um grupo para apresentações fora do contexto do Carnaval. Com esse formato estivemos na Bélgica (Festival Europalia), em Brasília, no Festival da Macuca (interior de Pernambuco) e no Festival de Dança do Recife.

Com o espinhaço de ripa

E a cabeça de animal